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As Crônicas da Peregrina - O Mundo das Almas - parte 8

  • Writer: Débora Novaski
    Débora Novaski
  • May 6
  • 11 min read



-"O meio do Vale não é a região mais profunda e sombria dessa Dimensão?" - me perguntou contrariado.


-"Isso mesmo. O lugar mais perigoso também. Esse é o motivo de que preciso muito da sua ajuda. Nós vamos ter que descer no mais profundo do abismo, lá vamos encontrar uma Mesa..." - comecei a explicar.


-"Uma Mesa?" - estava muito surpreso com minha resposta.


-"Sim. Em cima dessa Mesa estão os outros objetos...Mas ela está muito bem protegida por várias Legiões" - e ao ouvir isso, o Laich ficou mudo. Não disse nada. E nem precisava.


-"Você sabe que é um plano meio suicida não é mesmo?" - me respondeu e depois de alguns minutos.


-"Mas eu estou ao seu lado. Vou dar o meu melhor".


-"Eu sei...Mas esse é a única maneira de tirarmos todos daqui. Vamos resgatar as outras Crianças. A mais próxima é a Amashyn". Então nos levantamos e fomos em direção a Amashyn, os Dominadores de Mente já haviam sido dissipados, mas ela ainda estava envolvida nas ilusões. Eu me aproximei dela enquanto o Laich fazia uma roda de fogo.


-"Amashyn!! Você está bem?" - perguntei enquanto a abraçava, ela estava completamente pálida. Se eu demorasse mais um pouco os Dominadores de Mente teriam roubado toda a sua energia.


-"Shey!! Você está linda com esse vestido!!" - ela me respondeu ainda envolvida em ilusões.


-"Preste atenção, não estou de vestido e nem estamos no Reino dos Céus! Isso é uma ilusão" - eu tentei conversar com ela.


-"Laich!!! Uau!! Você combinou com esse terno vermelho!! A Shey é uma tola por não querer ser seu Par!!".


-"Eu até que concordo com as suas últimas palavras!!" - ele respondeu para Amashyn enquanto caíam na gargalhada.


-"Está pior do que eu pensava!! Laich!! Não é engraçado!! O que vamos fazer?".


-"Me desculpe Shey..." - ele me respondeu tentando ficar sério. -"Tenta fazer o que você fez comigo".


-"Mas é diferente. Ela não está dormindo... Ilusões... Ilusões... Tudo é ilusão. Tudo é vaidade..." - o Laich ficou me olhando sem entender nada.


-"Laich continue distraindo a Amashyn com aquela conversa... Você sabe... Sobre ser um casal... Vou tentar fazer algo diferente".


-"Eu sabia que você está interessada... Só se faz de durona..." - ele falou tirando onda da minha cara. -"Mas esteja tranquila, eu não falo pra ninguém!".


-"Não é para mim que você tem que falar isso!! É pra Amashyn!!" - respondi.


-"Amashyn, eu acredito que a Shey lá no fundo, bem no fundo, está interessada...Mas sabe como é... Ela é meio durona. Já que você é bem amiga dela... O que você acha que devo fazer?".


Enquanto eles iam conversando, eu olhei fixamente para aqueles olhos verdes e percebi algo muito estranho, parecia que escamas estavam crescendo de dentro para fora. -"Tudo é ilusão. Tudo é vaidade” - ecoou em minha mente. A ilusão é como correr atrás do vento... Isso... É correr atrás do vento!! Então soprei em seus olhos e as escamas caíram e as ilusões desapareceram como uma fumaça.


-"Shey! Laich!" - e ela nos abraçou chorando.


-"Vai ficar tudo bem!! Vamos encontrar os outros" - o Laich respondeu.


Eu e o Laich expandimos o fogo ao nosso redor e da Amashyn para proteção até chegarmos da Mesichah.


-"Como vocês fazem isso com o fogo?" - perguntou Amashyn surpresa.


-"Isso é coisa da Shey!" - respondeu Laich sorrindo e explicou tudo.


Quando nos aproximamos, vimos que os braços e pernas da Mesichah estavam presos por correntes e havia feridas espalhadas por todo o seu corpo. Ela estava em estado de choque. Não possuía reação.


-"Como vamos tirar essas correntes?" - perguntou Amashyn.


-"Vamos tentar rompê-las com o fogo, mas com muito cuidado para não a queimar" - respondeu Laich. Então eu o ajudei. E aos poucos as correntes foram destruídas. A Amashyn deitou a cabeça de Mesichah em seu colo e chorava muito por ver a condição horrível de sua amiga.


-"Ela está em extrema dor!! Eu posso sentir!!" - disse Amashyn soluçando. Me aproximei das duas e falei:


-"Eu sei. Também sinto. Mas você pode ajudá-la Amashyn".


-"Mas eu não tenho a Água do Rio da Vida aqui comigo. Como posso curá-la?".


-"Com a sua essência. Através das suas palavras" - então a Amashyn começou a declarar a cura sobre cada ferimento. Ao se recuperar, Mesichah começou a se espernear e atacar o Laich.


-"Ahh!! Saí de perto de mim seu Monstro!!".


-"Mesichah, calma... Sou eu!!" - respondeu Laich e diminuiu o fogo ao seu redor para assim reconhecê-lo.


-"Para que me assustar dessa forma? E como você tem fogo e olhos vermelhos?" - mais aliviada perguntou. Explicamos para ela o que havia acontecido. Agora só faltava o Taqsar.


-"Vamos achá-lo e dar o fora desse Inferno!!" - exclamou Mesichah já completamente recuperada.

Mas havia um problema. Eu não enxergava o Taqsar. Não fazia ideia onde poderia estar. A Mesichah disse que ele estava perto dela, mas não havia nada.


-"Eu o Laich vamos procurá-lo enquanto vocês duas ficam aqui dentro da roda de fogo" - eu expliquei. Nos envolvemos no fogo e cada um foi para uma direção. E nada... Será que levaram ele? Será que é tarde demais? E de repente tropecei em algo e quase caí, mas não era uma pedra. Ao iluminar com o fogo era o Taqsar!! Essa não!! Ele está translúcido, sem essência.


-"Aqui!!! Rápido!!" - gritei para todos.


-"Essa não Shey... É tarde demais" - disse Laich muito triste.


-"Eu não posso ajudá-lo. Não existe essência para haver cura" - comentou Amashyn em lágrimas.


-Não vamos perder as esperanças!! Eu não aceito isso!" - disse Mesichah furiosa.


-"Eu também não aceito isso Mesichah!! E é você que pode ajudá-lo!!" - e expliquei que a sua essência era a Energia Vital, que colocaria suas mãos sobre o corpo do Taqsar e pronunciaria os Ensinamentos do Rei Elohim.


-"Tudo bem Shey, eu posso tentar" - ela colocou suas mãos sobre seu corpo e disse: -"Pois em Ti, está a Fonte de Vida. Graças à Tua Luz, vemos a Luz!". E nada aconteceu...


-"Eu não acredito que irá funcionar. Eu não posso ajudá-lo!" - respondeu Mesichah desanimada.


-"Tente de novo!" - ordenei.


-"Pois em Ti, está a Fonte de Vida. Graças à Tua Luz, vemos a Luz!" - e nada aconteceu.


-"Vamos nos ajoelhar ao seu redor e dar as mãos. Assim podemos compartilhar nossas energias. E você tenta mais uma vez Mesichah!". E assim fizemos.


-"Pois em Ti, está a Fonte de Vida. Graças à Tua Luz, vemos a Luz!!" - e uma luz multicolorida começou a brilhar no coração de Taqsar. Era lindo!!


-"Está funcionando!!" - disse Mesichah toda alegre. A luz envolveu Taqsar dos pés à cabeça, e aos poucos, ele foi voltando ao normal. E ao abrir os olhos disse:


-"Pessoal... Vocês não fazem ideia do sonho maluco que tive!!" - e todos rimos e o abraçamos.




***




E começou a peregrinação em direção ao Vale da Sombra da Morte, e quanto mais perto, mais sombrio e denso ficava. O medo era a atmosfera daquele lugar. Ouvíamos gritos de dor por toda parte.


-"Estou com muito medo!" - disse Amashyn desesperada.


-"Todos estamos, mas não podemos desistir. Estamos quase chegando" - eu respondi completamente focada.  Começou a descida para o meio do Vale.


-"Temos que deixar de brilhar, caso contrário, seremos vistos!" - disse Laich.


-"Eu não curto ficar na escuridão..." - respondeu Taqsar.


-"Mas é necessário. Vamos todos nos aproximar o máximo, sem sermos vistos e planejar como chegar até a Mesa e pegar os outros objetos" - comentou Laich.


-"Na verdade, somente eu e o Laich vamos chegar até a Mesa. Vocês três vão continuar a caminhar e nos esperar do outro lado do Vale" - expliquei.


-"E se caso vocês não chegarem? O que faremos?" - perguntou Mesichah.


-"Nós vamos chegar!! Essa é a única opção" - eu falei olhando fixamente para Laich.


-"Nós vamos conseguir!" - respondeu Laich confiante. Nos despedimos e nos separamos.



***

 

Descemos o Vale da Sombra da Morte, mas parecia não ter fim. O cheiro de enxofre era insuportável, peguei nas mãos de Laich em meio a escuridão, só dava para enxergar seus olhos vermelhos.


-"Estou com muito medo!" - comentou Laich bem baixinho.


-"É eu sei... Suas mãos... Estão tremendo" - respondi e apertei mais forte sua mão. Mais alguns passos, já estaríamos bem próximos da Mesa, que estava protegida por quatro Legiões.


A razão de tanta proteção era que em cima da Mesa havia os principais objetos que mostram a saída para as almas da Segunda Dimensão, o que era praticamente impossível. E esse era o Teste. O Mestre Orelyam realmente tem métodos nada sutis de ensino. Em cima da Mesa havia 3 objetos e precisamos de todos. Ao olhar para as quatro Legiões, Laich disse:


-"Por favor Shey, diga-me que você tem um plano".


-"Nós precisamos dos 3 objetos que estão em cima da Mesa para sair da Segunda Dimensão. Não pode ser um. Ou dois. Precisamos dos três. Não vamos conseguir dar conta das quatro Legiões, mas se conseguirmos separá-las por um breve tempo, temos uma chance".


Então, expliquei para o Laich que eu iria até a Mesa pegar os objetos enquanto ele deveria distrair as Legiões de uma forma segura.


-"E como vou distrair quatro Legiões de uma forma segura?" - me perguntou rindo de desespero.


-"Eu não tenho todas as respostas. Mas precisa ser algo que vai chamar a atenção... Seria simples se você pudesse se projetar em três lugares diferentes ao mesmo tempo... Não sei se almas sem treinamento conseguem fazer isso".


-"Eu sei um truque que minha tribo faz nas ocasiões festivas...Mas não sei se irá funcionar". Ele me explicou que nas celebrações em sua tribo era muito comum fazer explosões usando diversos sais como elementos químicos, os quais são responsáveis pela coloração de cada uma. Os Mestres e os Guardiões do Fogo também manipulavam o elemento como desejavam, em formas, tamanhos e a longas distâncias.


-"É uma técnica muito avançada, mas como sou da linhagem de Guardiões do Fogo, eu aprendi alguns comandos mais básicos".


-"Você acha que consegue realizar esses comandos e distrair as quatro Legiões?".


-"Eu acho que consigo fazer algumas explosões, mas não será por muito tempo. Você precisa ser ágil".


-"Tudo bem. Vamos ver se as Legiões irão se interessar por suas explosões".


O Laich deveria estar na posição, do outro lado do Vale e fazer as explosões de lá enquanto eu iria me aproximar da Mesa, pegar os objetos e correr o mais rápido em sua direção sem ser consumida pelas Legiões. Correr o mais rápido possível subindo o Vale e se encontrar com as outras Crianças... Haja fôlego.


Cada um foi para a sua posição. Até então não estava tremendo, mas ao me aproximar da Mesa comecei a sentir a força e energia das quatro Legiões. Eram tão poderosas. Um poder movido pela escuridão. Arrepios percorriam todo o meu corpo.


-"Shey, se concentre! Pare de tremer!! Desse jeito você irá derrubar os objetos. Você só tem essa chance" - falei comigo mesma com uma voz trêmula e rouca, a garganta estava apertada.


E uma explosão ocorreu ao sul.


-"O que está acontecendo?" - falou uma das quatro Legiões furiosa e foi conferir. E quase que simultaneamente mais três explosões ocorrem em outras direções. Chegou o momento. A Mesa estava completamente sem proteção. Saí correndo dizendo:


-"Preparas uma Mesa perante mim na presença dos meus Inimigos. E aqui estou!".


A Mesa era enorme e feita de cobre, não consegui observar os detalhes. Ali estava a Vara, o Cajado e o Cálice de Óleo. Peguei todos rapidamente e ao me virar, senti aquela opressão de novo, uma das quatro Legiões havia voltado. E do nada, uma explosão enorme de coloração azul esverdeado ocorreu em cima da Mesa.


Peguei o Cálice e derramei um pouco do Óleo em minha cabeça enquanto corria em direção ao Laich. Eu ouvia as Legiões enfurecidas e surpresas gritando de ódio uma com as outras:


-"Explosões?".


- “De onde está vindo?".


-"Quem fez isso?". E quando se deram por conta, a Mesa tinha sumido.


-"Ahhhhh!! Cadê a Mesa?".


-"Cadê os objetos sagrados?" - e começaram a vasculhar o Vale procurando a Mesa sem sucesso.

 

              

 ***



-"Não acredito que você explodiu a Mesa!!!" –disse com minha voz falha tentando gritar quase sem fôlego para o Laich.


-"Muito obrigado Laich por ter salvado a minha vida... Seria ótimo!!" - retrucou e começou a correr mais rápido.


-"Calma!! Espere!! Você foi incrível!! Muito obrigada!! Mas aquilo não era qualquer Mesa para virar pozinho azul esverdeado...".


-"Me poupe Shey!! Era a Mesa ou Você!!! E outra coisa, eu sou da tribo do fogo e só consigo dominar esse elemento... Você é uma alma em chamas... Você pode dominar dois elementos: o fogo e o ar!! Você poderia ter feitos as explosões em meu lugar!!" - falou com extrema raiva. -"E como se eu tivesse escolha..." - e começou a correr mais rápido que antes.


-"É eu sei...Mas eu ainda não sei as técnicas de dominações... Você podia me ensinar... Ei... De onde você corre tanto assim? Me espere, você precisa de algo..." - então, ele finalmente parou.


-"Preciso do que?" - eu corri mais rápido e o abracei bem forte.


-"Shey... Você está gosmenta!! Mas cheirosa!" - enquanto ele falava eu derramei o Óleo em cima de sua cabeça dizendo:


-"Preparas uma Mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com Óleo e o meu Cálice transborda!".


-"O que é isso?".


-"É o terceiro objeto. O Cálice de Óleo. Agora temos autoridade para sair desse lugar em completa proteção, nenhuma força maligna pode nos ver ou impedir" - e mostrei os outros objetos.


-"Um Cajado e uma Vara... Interessante! Qual é a função de cada um?" - a Vara era semelhante ao um cetro e tinha por função proteção, como uma arma de defesa e disciplina. O Cajado tinha uma extremidade curvada e sua função era dar autoridade, apoio e suporte durante o caminho, também revelava a direção certa.


-"Irão nos mostrar o caminho" - e entreguei a Vara para o Laich que simboliza força e poder.



***


 

Com o Cajado em minhas mãos seguimos a direção que apontava. Aquele lugar era um precipício sem fim. Qualquer passo em falso significava ir ao mais fundo dos Abismos.


-"Esse precipício não tem fim" - comentou Laich olhando para baixo, só havia escuridão. E de repente, dentro da escuridão, algumas formas foram aparecendo. Eram formas translucidas e gritavam e gemiam de dor. Eram as almas aprisionadas no Vale da Sombra da Morte. Perdidas. Condenadas. Escravas do medo. Sentenciadas a Segunda Morte.


-"São muitas!! Milhares e milhares!! Temos que ajudá-las!! Não podemos simplesmente ir e deixá-las aqui!!".


-"Podemos sim e é exatamente o que vamos fazer! Vamos Shey!! Nossa missão não é essa. Olhe para o Cajado, ele aponta outra direção e não para essas Almas. Não se distraia!" - pegou em minhas mãos e continuamos a nossa caminhada. Eu chorei o caminho todo e estava completamente inconformada. Mas Laich estava certo, não era a nossa Missão.



***        


     

 

Depois de algum tempo caminhando, finalmente chegamos do outro lado do Vale da Sombra da Morte e de longe avistamos as outras Crianças.


-"Não acredito que vocês conseguiram!!" - veio Amashyn em nosso encontro.


"Eca!! Vocês estão gosmentos..." - disse Mesichah ao nos abraçar e logo nos soltou.


-"E cheirosos também!!" - comentou Taqsar. Começamos a explicar o que tinha acontecido, mostramos os objetos e cada um recebeu a unção com o Óleo. Ao se levantar Mesichah disse:


-"Agora somos as Crianças do Universo Lambujadas e estamos prontas para sair daqui!!!" - então, o Cajado mostrou a direção até chegarmos a uma Ponte muito comprida.


-"Será que é isso mesmo? Essa ponte está prestes a se desfalecer" - comentou Taqsar. E ele estava certo.


A ponte possui duas cordas conectadas entre si e pedaços de madeira, nem poderia dizer que eram tábuas. Tudo em péssimas condições.


-"Acho que somos os primeiros a usá-las" - comentou Amashyn.


-"E os últimos..." - disse Mesichah.


-"Mas é esse o caminho. Vamos um de cada vez. Bem devagar..." - respondi e fui a primeira. Logo após foi o Laich, Amashyn, Mesichah e por último o Taqsar. A ponte balançava de um lado para outro. Embaixo de nossos pés estava o abismo.


-"Ainda que eu ande pelo Vale da Sombra da Morte, não temerei mal algum, porque o Rei Elohim está comigo" - disse Taqsar.


-"A Tua Vara..." - continuou Laich.


-"E o Teu Cajado" - disse.


-"Me consolam!" - terminaram Mesichah e Amashyn. E em uníssono declaramos:


-"O Rei Eloim é o meu Pastor e Ele não me faltará. Ele me faz descansar em pastos verdes e me leva as águas tranquilas. Renova as minhas forças e me guia pelo caminho certo. A Tua bondade e o Teu amor ficarão comigo enquanto eu viver. E na Tua casa, morarei todos os dias da minha vida!".


Cada passo que eu dava um desejo foi crescendo em meu coração. E não era o desejo de voltar para o Lar.

 
 
 

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